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Lindbergh diz que governo adota política dura de austeridade

Fernando Haddad disse que críticos dentro PT não podem celebrar resultado econômico bom ao mesmo tempo que o chama de "austericida"

Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputado

O deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), vice-líder do governo no Congresso, reagiu a declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e criticou a condução do governo federal na economia, em especial a definição da meta de zerar o déficit fiscal em 2024. O deputado do PT disse, em mensagem publicada nas redes sociais, que a pasta da Fazenda adota “uma política dura de austeridade que não foi apresentada em momento algum da campanha presidencial”.

O parlamentar também disse que limitar o gasto público pode prejudicar eleitoralmente os planos do PT.

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“Nesse quadro, optar por uma ‘austeridade fiscal’ pode ter impacto forte no crescimento em 2024 com cortes no PAC, orçamento das universidades, institutos federais etc…e comprometer a popularidade e a governabilidade do Lula no Congresso”, escreveu o parlamentar.

As falas do deputado são uma resposta às declarações dadas por Haddad em entrevista ao GLOBO publicada nesta terça-feira. O ministro comentou as críticas que vem recebendo de uma parte do PT, o que inclui a própria presidente do partido, Gleisi Hoffmann.

– É curioso ver os cards que estão sendo divulgados pelos meus críticos sobre a economia, agora por ocasião do Natal. O meu nome não aparece. O que aparece é assim: “A inflação caiu, o emprego subiu. Viva Lula!” E o Haddad é um austericida. Então, ou está tudo errado ou está tudo certo. Tem uma questão que precisa ser resolvida, que não sou eu que preciso resolver – declarou o ministro.

Lindbergh evitou atribuir a Haddad os resultados positivos na economia. Na avaliação do parlamentar, isso se deu por conta da emenda à Constituição aprovada no final de 2022, após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter sido eleito, e que abriu espaço fiscal no orçamento do ano passado.

“Graças a PEC da Transição e uma safra agrícola recorde esse ano, superamos todas as expectativas do mercado. Qual a diferença e as preocupações? Não vamos ter mais a PEC da transição em 2024. Em 2023, as despesas cresceram 9% e estimularam a economia”, disse.

O deputado também reclamou do dispositivo do arcabouço fiscal que condiciona o aumento das despesas aos resultados fiscais do país. “Em 2024 vamos ter a meta de déficit primário zero que vai travar o orçamento, congelando as despesas, que na melhor das hipóteses, só vai poder crescer 0,6%”.

Fonte: O Globo

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