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Betina tem uma carreira de mais de três décadas nas Forças Armadas e hoje tem a patente de tenente-coronel. Apesar de ter servido dois anos no Rio de Janeiro (RJ), ela pertence a um grupo de militares que pede para não ser transferidos: o “Exército de Porto Alegre”, como ela mesmo classifica.
“Me sinto extremamente honrada e enormemente motivada. O apoio do Bolsonaro me traz uma responsabilidade a mais nos desafios que virão. Espero estar à altura da expectativa que isso representa. O convite me deixou inicialmente surpresa, e logo em seguida entusiasmada”, discursou Betina, diante de curiosos olhares dos filiados.
Até a noite desta sexta-feira, Betina era desconhecida do grande público. Seu nome foi indicado pelo deputado federal Luciano Zucco, que comanda a sigla na Capital, após meses de negociações e dificuldades para encontrar um quadro que não gerasse resistências de aliados.
“Sou nova na política e ninguém me conhece, mas não no serviço público. Servi por 35 anos no Exército. Tão logo meu nome veio a público, começaram os ataques. A velocidade e a intensidade que vieram me surpreenderam, mas não me assustaram”, prosseguiu a candidata, que há pouco mais de uma semana tornou privadas suas redes sociais.
Na oportunidade, foi realizado um ato simbólico de filiação de Betina à legenda, visto que a veterinária é militar da ativa e o regramento, nesses casos, é diferente do dos demais cidadãos. Além dela, dois candidatos a vereadores também são da ativa e realizaram sua filiação no evento.
Bolsonaro: “Nem tudo são flores”
Uma das presenças mais marcantes do encontro, o ex-presidente Jair Bolsonaro, em seu discurso, enfatizou o papel de Betina e enfatizou os desafios que ela enfrentará. “Essa jovem Betina que hoje se apresenta para a política. Sei que foi uma decisão difícil. Nem tudo são flores. Terá muito espinhos pela frentes”, alertou.
Em discurso que durou pouco menos de 10 minutos, Bolsonaro citou ainda ações do seu governo, relembrou o caso da facada que recebeu, criticou o PT, voltou a citar a Venezuela e disse que não é salvador da pátria.
“Apesar de me chamar Messias, eu não sou o salvador da pátria. Mas quando você menos espera, a oportunidade está a sua frente. Fiquei 15 anos no Exército. Então, vi que poderia servir à pátria de outra forma, deixando a farda no armário”, falou o ex-presidente.
Ele deixou o palco afirmando torcer pelas candidaturas de Melo e Betina “para que esse município não caia nas mãos da esquerda, pois vai sofrer por quatro anos”.
Melo acredita na ampliação da coligação
Presente no evento, o prefeito foi ovacionado pelos apoiadores do PL ao chegar no evento. Mais de uma vez ele desceu do palco para conversar com o público. “Estou convencido de que vocês farão uma grande bancada. Nós vamos caminhar juntos e vencer essa eleição. É o terceiro partido dessa coligação, amanhã (sábado) vamos para oito, depois para nove”, celebrou o prefeito. Podemos e Solidariedade já formalizaram apoio ao emedebista em convenção.
O partido também apresentou os 36 candidatos que vão concorrer à Câmara Municipal.Antes da chegada de Bolsonaro, foram exibidos vídeos de cada um dos possíveis futuros vereadores e vereadoras. O PL atualmente conta com uma bancada de 3 parlamentares: Comandante Nádia, Fernanda Barth, Jessé Sangalli.
Porém, o PL elegeu apenas um vereador na última eleição proporcional da Capital: Mauro Pinheiro, atual presidente do Parlamento, que hoje está no PP. Em 2020, Bolsonaro estava sem partido após desentendimentos com as lideranças do antigo PSL (hoje União Brasil). Nádia e Barth foram eleitas pelo PRTB, enquanto Jessé foi pelo Cidadania.
Fonte: correio do Povo
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