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Refém do Hamas conta sobre o cativeiro na Faixa de Gaza

Danielle Aloni foi levada à força para a Faixa de Gaza com sua filha Emilia, de 6 anos, durante massacre do Hamas em Israel.

(Captura de tela/YouTube/i24News)

Oterroristas do Hamas capturam mais de uma centena de pessoas enquanto arrasavam cidades e kibutz durante incursão violenta na manhã de 7 de outubro de 2023. Entre os sequestrados estavam a israelense Danielle Aloni e sua filha Emilia, de 6 anos, que foram levadas à força para a Faixa de Gaza.

Danielle, que passou 49 dias em cativeiro, contou em entrevista ao N12 sobre alguns momentos aterrorizantes do sequestro:

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“É um medo que não pode ser explicado, são sentimentos que a mente humana não pode conter. Entendemos que aqui, ‘vamos perder nossas vidas da maneira mais cruel possível, inalando fumaça e sufocando até a morte. Eu abracei Emilia e disse a ela, ‘Meu amor, sinto muito, vamos morrer'”, contou ela.

Em vídeo obtido pelo Guiame, ela testemunhou detalhes apavorantes sobre sua experiência traumática enquanto estava em poder dos terroristas.

‘Deus nos salve’

Além de Danielle Aloni e Emilia, sua irmã Sharon Aloni-Kunyo também foi sequestrada, junto com seu marido, David Konyo, e suas filhas gêmeas de 3 anos, Emma e Yuli.

David ainda não retornou. “Sharon recebeu uma mensagem no WhatsApp do grupo do kibutz sobre uma infiltração de terroristas”, contou Danielle. “Lembro que em algum momento comecei a entrar em uma espécie de ciclo. Peguei a menina e tudo o que saiu da minha boca foi, ‘Deus nos salve’”.

Experiência traumática

A entrevista de Danielle foi concedida um mês após ser libertada do cativeiro onde foi mantida pelo Hamas, em Gaza, com sua filha.

Danielle detalhou alguns acontecimentos que pareciam sobrenaturais. “Eu estava ouvindo todo tipo de ruídos, inclusive semelhantes a ranger de dentes”, contou.

Ela disse que antes de sair, fechou os olhos, e ao abrir novamente os terroristas estavam apontando para ela. “É um horror que não pode ser explicado em palavras”, disse Danielle.

“Acho que não existem palavras em hebraico que possam explicar esse horror. Novas palavras precisam ser inventadas para descrever o que aconteceu naquele dia”.

Feridos e ataques de pânico

Quando chegou em Gaza, eles disseram para ela se levantar. Diante do terror, Danielle conta que começou a gritar. Ela ouviu deles: “Não, não, não”.

Ao passar por um minarete [uma torre sobre mesquita], Danielle contou que viu muitos feridos. “Pessoas que estavam tão machucadas, com feridas abertas, com rostos feridos”. Ela disse que também presenciou alguns “ataques de pânico muito graves”.

Danielle Aloni e sua filha Emilia. (Foto: Fórum Famílias de Reféns e Desaparecidos)

“Eu gritei, ‘eu vou morrer aqui’, ‘eu vou morrer aqui’. Essa era a única frase que saia da minha boca porque eu sentia que ia morrer”, contou.

“Ela [sua filha] me deu um tapa no rosto dizendo: ‘Mamãe, mamãe, não faz nada, estou bem’. Ela me confortou: ‘Mamãe, mamãe, não chore’. Era o jeito dela me pedir ‘não seja fraca, seja forte por mim’”.

Fonte: Guiame

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