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Irã aumenta estoque de urânio para fabricação de bomba nuclear

Há notícias de que o Irã tem barrado os inspetores que fiscalizam suas ações e que as câmeras de segurança foram arrancadas.

Usinas nucleares em Shazand, no Irã. (Foto representativa: Wikimedia Commons)

Conforme a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), o estoque de urânio enriquecido do Irã atingiu 22 vezes o limite estabelecido no acordo nuclear de 2015.

O acordo — alcançado por potências internacionais e liderado pelos EUA — entrou em colapso após o novo relatório do órgão de vigilância nuclear da ONU.

Num relatório trimestral confidencial distribuído aos Estados-membros, a AIEA estimou que, em 28 de outubro, o estoque total de urânio era de 4.486,8 kg, um aumento de 691,3 kg desde o último relatório, em setembro de 2023. O limite no acordo de 2015 foi estabelecido em 202,8 kg.

Irã barra inspetores

O relatório da AIEA também disse que, de acordo com a avaliação da agência, o país tem urânio enriquecido até 60% de pureza, a apenas um pequeno passo técnico dos níveis de 90% para armas nucleares.

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Conforme o The Times of Israel, o Irã continua barrando vários inspetores, classificando suas visitas como “extremas e injustificadas”, dizendo que estão afetando seriamente o trabalho da agência e prejudicando as relações entre as nações.

Teerã descreveu a sua decisão como uma retaliação por “abusos políticos” por parte dos EUA, França, Alemanha e Grã-Bretanha. Num segundo relatório confidencial distribuído aos Estados-membros, o órgão de vigilância afirmou que não houve progresso no seu pedido para que o Irã explicasse a origem e a localização atual do urânio produzido por eles.

Câmeras removidas pelo Irã

O relatório também afirma que não há progresso até o momento na reinstalação de mais equipamentos de monitoramento, incluindo câmeras, que foram removidas pelo Irã em junho de 2022.

O Irã respondeu às críticas dos EUA, Grã-Bretanha, França e Alemanha sobre esta questão, proibindo vários dos inspetores mais experientes da AIEA de monitorar o seu programa nuclear.

Desde o massacre de 7 de Outubro, realizado por terroristas do Hamas contra Israel, as tensões entre o Irã e os EUA pioraram.  Os esforços mediados pela UE para reavivar o acordo, trazendo de volta os EUA a bordo e o Irã de volta ao cumprimento, têm sido até agora infrutíferos.

A rivalidade entre Irã e Israel

Sobre os rumores de que o Irã pode entrar para a guerra entre Israel e Hamas para defender os terroristas, as autoridades negam.

O líder supremo do país, aiatolá Ali Khamenei, disse que não vai ajudar o Hamas porque o líder do grupo terrorista, Ismail Haniyeh, não o avisou antecipadamente sobre o massacre de 7 de Outubro, ainda conforme o The Times of Israel.

O ex-vice-chefe do Mossad, Ehud Lavi, disse ser improvável que o Irã não soubesse antecipadamente do ataque do Hamas: “Um evento tão significativo e que mudou a realidade aconteceria sem que os iranianos soubessem? Isso parece irreal”.

Planos iranianos de exterminar com Israel

Conforme o Guiame divulgou em setembro de 2022, o representante da Guarda Revolucionária, Mojtaba Zolnourdisse, disse que “mesmo que o Irã desista de seu programa nuclear, a determinação do país para destruir Israel não vai enfraquecer”.

Além disso, na ocasião, ele também declarou que “o governo da República Islâmica do Irã tem permissão divina para destruir Israel”, ao se referir ao Alcorão. Em várias ocasiões, políticos iranianos já ameaçaram Israel com a destruição.

O Irã disse que iria “varrer Israel da existência”, quando Ruhollah Khomeini tomou o poder no país, em 1979. O ódio de Khomeini pelo país foi amplificado pelo desenvolvimento militar e econômico de Israel, que foi se expandindo nas regiões iranianas.

Fonte: Guiame

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