O Botafogo não apenas venceu o Palmeiras por 3 a 1, nesta terça-feira (26/11), no Allianz Parque, como convenceu e voltou à liderança do Campeonato Brasileiro-2024. Tudo isso às vésperas da final da Libertadores, contra o Atlético-MG, sábado (30), em Buenos Aires.
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Em entrevista coletiva, o técnico Artur Jorge valorizou o desempenho do Botafogo e a oportunidade de conquistar dois títulos.
– Tivemos uma primeira parte ali onde tivemos alguma dificuldade em ajustar naquilo que era o nosso encaixe no meio-campo, mas depois disso tivemos o jogo controlado, em que fomos dominadores, em que soubemos também aproveitar os espaços que tivemos, muito por aquilo que é também uma identidade muito própria nossa e defendemos muitíssimo bem, defendemos muito bem. A final é um jogo diferente, de decisão única, onde vamos ter também um rival de grande qualidade, portanto queremos hoje poder assimilar tudo aquilo que conseguimos aqui fazer, assimilar e desfrutar deste momento, porque temos também que o festejar. Temos que poder estar contentes com aquilo que fizemos, sabendo que era um jogo importante para o título, não era decisivo, porque faltam seis pontos ainda para disputar. Agora aquilo que vamos para a final é exatamente esta motivação, acho que este é o querer, a atitude comportamental tem que ser esta, tem que ser a melhor versão ou das melhores versões do Botafogo, é isso que nós comprometemos, é isso que nós procuramos em cada um dos jogos. O que nós hoje fizemos foi muito bom, mas não vou cair na tentação de dizer que o que fizemos para trás foi muito mau, não, pelo contrário, fizemos coisas muito boas, não tivemos resultados que queríamos e hoje gostamos aqui mais uma vez que contem conosco, porque estamos cá para lutar até ao fim e vamos fazê-lo seguramente nos dois jogos de temporada que faltam e também na final de sábado da Libertadores, porque é um jogo importantíssimo para nós, é um jogo que tem uma história totalmente diferente e onde pode marcar uma história de ouro na página do Botafogo – destacou Artur Jorge.
Leia outras respostas:
JOGO FRANCO
– A lição que levo aqui é que, de fato, o espetáculo do futebol é quando tem duas equipes que querem ganhar. Nós tivemos aqui um bom jogo de futebol, com duas equipes muito boas, duas equipes que procuraram vencer o jogo, tiveram o seu melhor, tiveram sempre com uma alta intensidade, com um objetivo claro de cada uma delas vencer. Fomos muito competentes naquilo que fizemos, de volta a dizer que trabalhamos e fizemos um jogo muito sério, com um grande compromisso.
RESPOSTA
– Para vocês, pode ser importante aquilo que é esta resposta que a equipe deu. Eu nunca tive, e fui franco convosco, e eu sei que é mais difícil vocês acreditarem quando nós não temos os resultados que queremos, mas eu sempre disse que a equipe tinha trabalhado bem, que estava bem, que estava mentalmente disposta a lutar até a última gota de suor para aquilo que eram os nossos objetivos. Os resultados não aparecendo, nós temos que saber que nem sempre é por mau desempenho nosso e hoje demonstramos exatamente isso.
DUELO DE LÍDERES
– Tivemos aqui um jogo bem disputado, um jogo intenso, um bom jogo de futebol para demonstrar de fato as duas melhores equipes, as duas primeiras equipes no Campeonato Brasileiro, no qual nós conseguimos ser superiores. Portanto, tendo em conta aquilo que é esta superioridade e a forma como conseguimos aqui nos apresentar e ter esta dominância em termos de jogo, demonstra muito aquilo que é a qualidade desta equipe não só em termos de jogo jogado, mas também da capacidade e acima de tudo a meta que tem. Tem aqui, tem uma meta muito bem definida e onde nós não nos desviamos do caminho com aquilo que acabam por ser avaliações de fora, o que faz parte também no futebol, faz parte no jogo. Mas nós sabemos bem aquilo que estamos a fazer, sabemos aquilo que é o nosso caminho, portanto não temos dúvidas nenhumas. Portanto, não foi surpresa para mim aquilo que nós aqui fizemos. Não foi surpresa nenhuma. Fizemos aquilo que nos propusemos a jogar e fizemos aquilo que os jogadores também disseram, OK, estávamos dispostos a isto, o plano é este, que nós vamos dar a resposta para que isto aconteça também. Quando assim é, as coisas foram mais fáceis e acabam por ajudar também o papel do treinador.
Adryelson E IMPORTÂNCIA DO ELENCO
– Olha, eu não me reporto muito àquilo que é passado, porque estamos em fase tão boa para poder estarmos a lutar com uma vantagem pelo título nacional que não faz sentido nós estarmos a falar do que quer que seja, que não seja só apenas isso ao jogo. Obviamente que aquilo que o Adryelson fez hoje em campo foi mais uma prova de demonstração da qualidade que nós temos no próprio elenco. Ou seja, nós tivemos, ele teve a oportunidade de entrar muito cedo no jogo. A conexão tem a ver com aquilo que é a empatia que todos nós temos e, acima de tudo, o espírito de missão. Porque sabemos todos que estamos cá para contribuir e darmos o melhor. E podemos acrescentá-lo independentemente de podermos jogar 90 minutos, 5 ou 70. Portanto, eu hoje vi todos aqueles que não jogaram e vieram ver aqueles que não ficaram sequer relacionados, na forma como complementaram os colegas dentro do vestiário, para poder mostrar a força de um grupo. E isso é que é sempre fundamental. Eu, enquanto treinador, sentir que tenho um grupo que tem exatamente um objetivo comum. Seja eu o jogador mais utilizado ou o menos utilizado. Não há diferença nem de tratamento, nem de relação, nem tanto daquilo que é poder sentir mais ou menos importante dentro do grupo de trabalho.
VANTAGEM SOBRE O PALMEIRAS
– É sempre muito importante porque tivemos um adversário que nos perseguiu por várias rodadas com muita eficácia, foi ganhando os jogos. Era uma equipe que sabíamos que tinha qualidade no jogo jogado e demonstramos para todos, para quem duvidava, para quem achava que era apenas uma forma de nos protegermos, viram a capacidade e o mental desta equipe. A forma como hoje disputou o jogo, como fez tudo para fazer as coisas bem feitas e deu uma resposta tremenda para quem tinha dúvidas, creio que hoje ficou com essas dúvidas acabadas. Nada está ganho, nada está feito, volto a dizer, foi um passo importante para nós, mas temos que voltar para a terra novamente, sábado temos um jogo tremendo e depois temos Internacional e São Paulo para podermos fechar o campeonato com o desejado título.
PRIMEIRO GOL
– O tempo de trabalho que temos entre um jogo e outro é sempre muito curto. Temos que tentar aproveitar esse tempo para tentar aperfeiçoar. Nós tivemos a oportunidade de fazer um gol de bola parada e acabar por destravar o jogo, porque estava um jogo equilibrado até o momento, as duas equipes estavam próximas da baliza contrária. Nós sabíamos que ia ser assim porque o Palmeiras é uma boa equipe. Tínhamos que ser muito rigorosos no nosso trabalho e aproveitamos uma jogada trabalhada para conseguir fazer o gol. Nós hoje tivemos muita dificuldade, tivemos que trabalhar muito. Ganhamos, fizemos gols, mas tivemos uma exigência muito grande.
SEGUNDO GOL
– O mérito é do John. Podemos falar que às vezes é uma saída mais rápida para tentar aproveitar uma equipe que esteja balanceada ou até mesmo descompensada na sua organização ofensiva, mas o mérito é dele pelo passe que ele fez.
– Aproveitando a questão do John, vou aproveitar, porque às vezes parece que nós só falamos quando não ganhamos, e eu hoje fico outra vez me perguntando por que o John levou cartão amarelo. Uma jogada em que ele defende, o árbitro não é médico, não tem que avaliar ou não se ele está lesionado. Nós tivemos dois jogos anteriores onde fomos totalmente impedidos de ter um tempo de jogo útil bom e não vi nada disto. Fico confuso com esta dualidade do critério e tenho que falar para poder defender qualquer decisão que seja contra o Botafogo. É difícil para nós, temos que lutar contra muita coisa. O gol sofrido tem a ver com o chute com um jogador na frente do John. Tenho que falar nisso para dizer que estamos atentos e não estamos a dormir.
EVOLUÇÃO
– Pode-se melhorar muita coisa ainda, não só para a final, mas para o jogo contra o Internacional e São Paulo. A exigência é contínua e tem que ser até o último minuto. A cada jogo, falamos que tem que ser até o fim. Não há forma de se ganhar no minuto 80, nós temos que pensar que os campeonatos e os títulos se ganham no final de cada um dos jogos. Nesta altura, o que é importante é pensar no que se tem para fazer pela frente. Vamos abordar o jogo contra o Atlético-MG no sábado, pensando que serão duas equipes que vão lutar para vencer o troféu, com essa abertura que é precisa dentro de campo. E, depois, teremos que ver essa eficácia sobre número de arremates que precisamos ter. Hoje, foi boa em relação ao que fizemos. Tivemos oportunidades para fazer mais e não fizemos, então faltou alguma coisa. A margem de crescimento é contínua e, portanto, aquilo que nós fazemos é incentivar e potencializar os jogadores para que suas exigências sejam sempre altas todos os dias.
TORCEDORES DO BOTAFOGO
– Sobre a torcida, eu não tenho dúvidas de que será um momento histórico para nós, um momento de grande emoção ver em Buenos Aires toda a torcida que confiou, que acredita e que nos deposita em nós a expectativa de levar um troféu inédito para o Rio. Não vamos jogar sozinhos. Desejar meu muito o obrigado por serão peças importantes para termos a energia que nos vai fazer trabalhar e correr até o limite para conseguir o nosso objetivo.
Fonte: Agência Brasil
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