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Procurador-geral do STJD explica rito após denúncia de John Textor

Procurador afirma que se não houve manipulação, ele vai ter que se explicar

Reprodução/UOL Esporte

Procurador-geral do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, Ronaldo Piacente explicou, em entrevista ao “UOL” nesta sexta-feira (8/3), como será o rito no órgão depois da denúncia de John Textor de que há corrupção na arbitragem brasileira. O dono da SAF do Botafogo já foi intimidado pelo STJD a apresentar as provas que ele diz ter em um prazo de três dias corridos.

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– Tomando conhecimento pela imprensa que esse John Textor possui um áudio, uma gravação de árbitros falando sobre o não recebimento de propina pela manipulação de resultados, obviamente essa é uma manifestação muito grave e evidentemente de imediato foi dada entrada no tribunal um pedido de inquérito. Esse inquérito é para apurar se há uma infração disciplinar e, se há, quem é o autor dessa infração. O John Textor está sendo intimado para encaminhar ao tribunal o áudio e ele vai ser chamado para ser ouvido, já fiz o pedido e ele vai lá esclarecer o que ele tem, quais as provas que ele têm e o que ele sabe. Vamos dizer que realmente exista um áudio, exista a prova, aí sim o Tribunal vai oferecer uma denúncia contra esse determinado ato, obviamente se for verdade, se houver provas disso – explicou.

– Depois, se não houver provas ou se ele estiver inventando alguma coisa, se ele não atender a requisição de encaminhar essas provas para o STJD, ele será responsável por isso também. Ele não pode utilizar nem o tribunal, nem a mídia, nem qualquer meio de comunicação para ficar fazendo falsas comunicações de crime ou de infração disciplinar, porque manipulação de resultado é crime. Então, nós vamos apurar se houve. Se não houve, ele vai ter que se explicar também – esclareceu.

Piacente disse que essa abertura de inquérito nada tem a ver com o pedido feito pelo Botafogo para que os relatórios feitos pela “Good Game!” sobre supostas manipulações por erros de arbitragem fosse apreciados pelo STJD. O procurador-geral chamou o dossiê de “absurdo”.

– A questão desses relatórios foi um outro procedimento que ele entrou no tribunal e já foi arquivado, isso está liquidado. Aquele relatório eram alguns lances que ele queria o quê? Que o tribunal vai lá e reapite? “Aquele foi pênalti, ali é cartão amarelo”. Isso é um absurdo, até porque tudo ali é muito subjetivo. Isso está descartado, vamos agora ver essa questão da manipulação, se houve propina ou não. Ele não provando, ele pode até ser incriminado por falsa comunicação de crime – disse Piacente.

O procurador-geral do STJD disse ainda que John Textor deveria ter entrado no STJD com uma notícia de infração para que sua denúncia fosse apurada.

– O procedimento correto de alguém que possui alguma prova, seja de qualquer infração disciplinar ou manipulação de resultados, é ingressar na justiça desportiva. Existe um procedimento que é chamado de notícia de infração. Eu analiso se houve ou não infração e, se houver uma prova, eu já determino o oferecimento de denúncia e vai para o julgamento. Não posso me aprofundar muito, porque vou estar envolvido no inquérito, vou ouvir o Textor – encerrou.

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