O bicampeonato argentino da Copa América, na madrugada desta segunda-feira, 15, marcou a despedida de um ídolo: Ángel Di María encerrou sua carreira pela seleção. O atacante passou em branco na vitória por 1 a 0 contra a Colômbia, mas liderou a Argentina na prorrogação mesmo sem Lionel Messi.
O tom dramático de despedida começou antes mesmo do apito inicial, quando as filhas de Di María entraram em campo para entregar a bola da final ao árbitro brasileiro Raphael Claus e na sequência correram para um último abraço no papai.
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“Estava escrito, era para ser assim. Sonhei que aposentava dessa forma. Tenho tantas sensações lindas. Estou eternamente agradecido pelo o que essa geração me fez alcançar, o que tanto busquei”, disse ao final do jogo.
Fideo, como é chamado pelos hermanos, apelido carinhoso por conta do porte físico longilíneo do atacante, começou sua carreira na seleção da Argentina praticamente ao lado de Lionel Messi. Juntos, os dois sofreram parte do que foi o grande jejum de 28 anos sem título da seleção.
Di María participou das seleções de base e foi campeão da Copa do Mundo sub-20 em 2007. No ano seguinte estreou no profissional, em empate por 1 a 1 contra o Paraguai, nas Eliminatórias. O que torna Ángel tão decisivo durante a ‘Era Messi’ é que além da parceira, ele foi responsável por gols decisivos.
OS GOLS DECISIVOS DE DI MARÍA PELA ARGENTINA:
Olimpíada de 2008 – final: Argentina 1 x 0 Nigéria (gol de Di María)
Copa América de 2021 – final: Argentina 1 x 0 Brasil (gol de Di María)
Copa dos Campeões de 2022: Argentina 3 x 0 Itália (2º gol de Di María)
Copa do Mundo de 2022 – final: Argentina 3 x 3 França (1º gol de Di María)
A final da Copa América de 2024, justamente na despedida, foi a primeira final disputada por Di María com a camisa da seleção argentina que o atacante passou em branco e não balançou a rede. Vale lembrar que na final da Copa do Mundo de 2014, no Brasil, Fideo estava machucado e não disputou a final que terminou com título da Alemanha.
Mesmo com uma condição física mais limitada, atuou por 117 minutos na final contra a Colômbia e foi a referência da equipe ao ver Lionel Messi ser substituído por lesão. Como ídolo, Di María se despediu da seleção com um novo título.
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