Aos 42 anos, Nenê sabe que vive os seus últimos momentos dentro de um campo de futebol. O camisa 10 do Juventude, que está na final do Campeonato Gaúcho, quer marcar história no clube enquanto já se prepara para a carreira após a aposentadoria.
Grêmio e Juventude fazem no sábado, 6, na Arena do Grêmio, em Porto Alegre, a grande final do Gauchão. Na primeira partida, a equipe de Caxias do Sul teve boas chances e, por pouco não saiu com a vitória (0 a 0). Um novo empate, por qualquer placar, leva a decisão para os pênaltis.
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Nenê conversou com a PLACAR no evento da Ligue 1 no Brasil, na praia do Leblon, no Rio. Com passagem pelo Mônaco e idolatria no PSG, o jogador é uma espécie de embaixador do Campeonato Francês no Brasil.
“Tudo é possível [nesta final]. Mostramos a nossa força, a força do nosso grupo. Jogamos contra o Inter na semifinal, que era um time muito mais estruturado, com uma folha salarial totalmente diferente e jogamos de igual para igual e até jogar melhor nos dois jogos”, disse o meio-campo. “As chances mais claras foram nossas e está tudo em aberto.”
O jogador chegou no início de 2023 ao Juventude, vindo de sua segunda passagem pelo Vasco. Logo de cara, virou um dos grandes nomes da equipe e, como de praxe, com imensa identificação com a torcida devido a sua dedicação e respeito ao clube.
Tanto respeito que Nenê está entusiasmado com a possibilidade de repetir 1998 e dar o que seria só o segundo título gaúcho ao Juventude. O Jaconero conquistou o estadual naquela oportunidade depois de uma vitória (3 a 1) e um empate (0 a 0) contra o Internacional.
Nenê treinador?
Desde quando ainda estava no Vasco, o tema “aposentadoria” inegavelmente ronda a cabeça de Nenê. Depois dos 40 anos, raros são os exemplos que continuam em alto nível no futebol nacional. O jogador terá a oportunidade também de disputar mais uma Série A do Brasileirão e, quem sabe, só aí exercer uma nova função.
Experiente e com muita vivência no futebol europeu, o meia tem cabeça boa para planejar o futuro com calma. Seja como treinador ou como executivo de futebol. O Juventude, clube pelo qual completou 1.000 jogos no último sábado, é uma opção.
“Penso em continuar no futebol. Já estou fazendo cursos de treinador, cursos na área executiva, então, minha ideia é continuar no futebol. Acho que vou gostar de ficar mais no campo, por que gosto de participar do dia a dia, estar perto dos jogadores, ajudar os mais jovens com a minha experiência. Provavelmente, meu futuro vai ser nos campos”, disse.
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