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Primeira noite de desfiles de Carnaval no Rio em destaque

Unidos da Porto da Pedra abriu a edição deste ano; evento segue ao longo da madrugada desta segunda-feira

Fotógrafo - Marco Antonio Teixeira

Seis escolas de samba marcam a primeira noite de desfiles do Grupo Especial do Rio de Janeiro. O evento iniciou neste domingo (11) e seguiu ao longo da madrugada de segunda-feira, terminando por volta de 5h50min.

Nesta primeira noite, pisam no Sambódromo da Marquês de Sapucaí as escolas Unidos do Porto da Pedra, Beija-Flor de Nilópolis, Acadêmicos do Salgueiro, Acadêmicos do Grande Rio, Unidos da Tijuca e a atual campeã, Imperatriz Leopoldinense.

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Confira, abaixo, os principais destaques de cada desfile.

Unidos da Porto da Pedra

MAURO PIMENTEL / AFP
Dançarina circense fez performance, utilizando técnica de suspensão capilar — estava pendurada no ar, com um gancho no cabelo.MAURO PIMENTEL / AFP

A Unidos da Porto da Pedra retornou ao grupo especial neste ano — depois de 12 anos na divisão de acesso. A escola é a atual campeã da Série Ouro. 

A Porto da Pedra tomou a Sapucaí com um enredo inspirado no livro Lunário Perpétuo, do espanhol Jerónimo Cortés. Lunário é conhecido pelos conselhos e previsões que influenciaram a cultura nordestina. O desfile recontou a memória e o legado dos povos indígena e africano, destacando o saber popular nordestino.

Durante a apresentação, uma mulher ficou ferida e precisou ser socorrida após ser atingida por um carro alegórico. Isso ocorreu quando o veículo foi fazer a curva da Avenida Presidente Vargas para entrar na Sapucaí e acabou arrastando parte em uma grade de proteção, atingindo a mulher. O carro precisou desprender uma parte para conseguir seguir pela Sapucaí. Devido à parada, um buraco acabou se formando no desfile.

Logo no início, outra ocorrência: um carro abre-alas quebrou uma parte em frente aos jurados.

Entre os destaques positivos, uma dançarina circense desfilou na comissão de frente pendurada no ar apenas por um gancho que estava amarrado ao próprio cabelo, flutuando na avenida. É chamada técnica de suspensão capilar. 

Beija-Flor de Nilópolis

MAURO PIMENTEL / AFP
Escola teve como enredo “Um delírio de Carnaval na Maceió de Rás Gonguila”.MAURO PIMENTEL / AFP

Segunda escola a entrar na Sapucaí, a Beija-Flor de Nilópolis teve como enredo Um delírio de carnaval na Maceió de Rás Gonguila. A escola trouxe como tema as festas de Palmares, com raízes nas tradições africanas e indígenas, chegando ao engraxate-folião Benedito dos Santos, que foi rebatizado como Rás Gonguila e autodenominado descendente direto do último imperador da Etiópia. A Beija-Flor coroou Gonguila como “imperador do Carnaval de Maceió”.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), desfilou à frente da Beija-Flor. O deputado federal é de Maceió, município que patrocinou o enredo da escola, segundo o portal g1.

Um dos problemas durante o desfile aconteceu com o terceiro carro alegórico, que bateu no portão de entrada da Sapucaí, deixando duas estruturas de beija-flores danificadas.

O último carro, por sua vez, trouxe um destaque positivo: o público se divertiu com bolinhas de sabão feitas com quatro litros de hidrogênio, junto a fumaça e sabão. Mais resistentes, as bolinhas chegavam até as arquibancadas, estouravam quando em contato com o público e soltavam fumaça ao se desfazerem. Para que as bolinhas alcançassem o público no alto dos setores, quatro ventiladores foram instalados.

Acadêmicos do Salgueiro

MAURO PIMENTEL / AFP
Terceira escola a desfilar, Salgueiro destacou a cultura yanomami.MAURO PIMENTEL / AFP

O desfile da Acadêmicos do Salgueiro teve como inspiração o livro A queda do céu – palavras de um xamã yanomami, de Davi Kopenawa e Bruce Albert. A escola destacou a cultura yanomami, propondo a defesa da terra e dos povos indígenas, com o enredo Hutukara — que significa “o céu original a partir do qual se formou a terra”, na língua yanomami. 

No último carro, estavam 13 lideranças do povo indígena. Também participou do desfile Alessandra Soares, esposa do jornalista Dom Philips, que foi morto junto ao indigenista Bruno Pereira, durante uma expedição no Vale do Javari (Amazonas) em 2022 .

Esse foi o primeiro Carnaval da escola sem o intérprete Quinho, que morreu em janeiro deste ano. O desfile da vermelha e branca foi dedicado a ele, conforme destacou Emerson Dias, atual intérprete da escola, ao O Globo.

Grande Rio

MAURO PIMENTEL / AFP
“Nosso destino é ser onça” é o enredo da escola.MAURO PIMENTEL / AFP

Quarta escola a entrar na Sapucaí, a Grande Rio trouxe destaque à onça. Isso porque se baseou no mito tupinambá descrito no livro Meu destino é ser onça, de Alberto Mussa. A obra trata sobre a formação do povo brasileiro, trazendo um mosaico de histórias de nações indígenas brasileiras.

Aliás, um dos destaques da escola foi uma grande onça de led. Como contou o coreógrafo Hélio Bejane, da comissão de frente, ao O Globo, a estrutura foi trançada manualmente. O carro que levou a onça mede oito metros de altura.

Ao público, a Grande Rio distribuiu 55 mil pulseiras luminosas. Os acessórios acendem e mudam de cor em sincronia, com controle remoto, o que trouxe um colorido especial às arquibancadas.

Unidos da Tijuca

MAURO PIMENTEL / AFP
Casal de porta-bandeira e mestre-sala chamou a atenção.MAURO PIMENTEL / AFP

Penúltima a desfilar no primeiro da de apresentações, a Unidos da Tijuca misturou fado com samba. A escola teve como enredo O conto de fados. Ao longo da avenida, a escola cantou histórias de Portugal com uma nova perspectiva: de fábulas, lendas e mitos. 

A apresentação tratou das navegações portuguesas a partir de Os Lusíadas, obra clássica de Luís de Camões.

Um dos destaques foi a dupla Lucinha Nobre, porta-bandeira que retornou à agremiação neste ano, e Matheus André, mestre-sala. Durante o desfile, eles fizeram um passo de Vira, tradicional dança portuguesa.

Imperatriz Leopoldinense

MAURO PIMENTEL / AFP
Balões de gás hélio foram elemento-surpresa.MAURO PIMENTEL / AFP

Com a sorte virada para a Lua segundo o testamento da cigana Esmeralda é o enredo da Imperatriz Leopoldinense, campeã do grupo principal do carnaval carioca em 2023. A temática tem como premissa o lúdico da cultura cigana, seja no canto, seja na dança. Isso porque a inspiração partiu da personagem Cigana Esmeralda, do cordelista Leandro Gomes de Barros.

Um dos carros alegóricos traz os animais do jogo do bicho, como jacaré, cachorro, tigre, águia. A alegoria faz referência aos sonhos.

Entre os destaques, a escola levou cinco balões de gás hélio como elemento surpresa — um desses fez uma bailarina flutuar a cerca de 10 metros do chão. 

Outro momento que chamou a atenção foi logo na primeira ala, que trouxe dezenas de ciganos e, entre eles, mulheres em pernas de pau.

Programação

Segunda-feira: 12 de fevereiro

  • Mocidade Independente de Padre Miguel: 22h
  • Portela: entre 23h e 23h10min
  • Unidos de Vila Isabel: entre meia-noite e 0h20min
  • Estação Primeira de Mangueira: entre 1h e 1h30min
  • Paraíso do Tuiuti: entre 2h e 2h40min
  • Unidos do Viradouro: entre 3h e 3h50min

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