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Direita Brasileira se reúne em Camboriú com ataques a Lula e STF

Cidade catarinense é considerada um dos principais berços da direita bolsonarista no país

O ex-Presidente, Jair Bolsonaro (PL), discursou durante o CPAC Brasil 2024, realizada no Expocentro, em Balneário Camboriú, neste sábado (6)

A cúpula da direita Brasileira que ocorreu neste fim de semana em Balneário Camboriú (SC), teve início no sábado (6/7) com discursos de bolsonaristas e com ataques ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao Supremo Tribunal Federal (STF), e na defesa dos presos políticos que foram acusados de atacaram e destruírem as sedes dos prédios públicos no 8 de janeiro. Nas falas dos políticos de direita também críticas à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Pautas conservadoras, como críticas ao aborto legal e a defesa do fim da saída temporária de presos, apareceram nos discursos.

A Conferência de Ação Política Conservadora (Cpac), que teve como destaques as presença do presidente Javier Milei, da Argentina, e do ex-presidente Jair Bolsonaro, teve início com a apresentação rápida do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que, ao lado de seu pai, entre outros, disse que a direita irá voltar ao poder.

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“Bom que vocês vieram e não se dobram à censura. Mostram que vocês não têm medo dos que querem nos calar. Esse encontro será um divisor de águas. Vamos voltar para casa e fazer reverberar essa onda porque nós voltaremos ao poder. Não parar, não precipitar e não retroceder”, disse o filho de Bolsonaro.

Na sequência, a primeira-dama Michelle Bolsonaro discursou e afirmou que o PL irá fazer o maior número de vereadoras e prefeitas nas eleições deste ano e fez uma defesa de seu marido, negando que ele seja uma pessoa “misógina” e que a prova é que sancionou muitos projetos em defesa das mulheres. Michelle afirmou que a direita está formando novas lideranças e criticou o governo de Lula. Disse que o país está sendo “mal administrado”.

Ex-ministro do governo de Bolsonaro, o ex-deputado Onyx Lorenzoni fez a vez de mestre de cerimônia da abertura, afirmou que todos ali eram frutos da “ousadia de Bolsonaro e Michelle” e estimulou a plateia a militar para a direita voltar ao poder.

“O Brasil verde e amarelo irá voltar”, disse Lorenzoni.

O evento começou com quase duas horas de atraso e reúne cerca de 3.500 participantes, segundo Eduardo Bolsonaro. Todos os lugares disponibilizados foram adquiridos.

“Milei não tem que se reunir mesmo com esse delinquente, corrupto e comunista”, disse um deles.

A deputada Bia Kicis (PL-DF) também discursou nessa parte da manhã e fez uma defesa dos “presos políticos” do 8 de janeiro, termo que os bolsonaristas usam ao se referir aos condenados pelos ataques às sedes do STF, Palácio do Planalto e Congresso Nacional. A parlamentar, que é advogada, criticou a OAB e defendeu eleições diretas na organização.

“Uma salva de palmas para os advogados que têm a coragem de defender nossos perseguidos políticos do 8 de janeiro”, afirmou a parlamentar.

O ex-presidente Jair Bolsonaro não comentou as acusações que pesam contra ele em seu primeiro discurso após o indiciamento pela Polícia Federal no caso das joias sauditas. Em breve fala, ele criticou o PT, a quem chamou de “partido do trambique” e a imprensa. A fala de Bolsonaro abriu a Conferência de Política Ação e Conservadora (CPAC Brasil) na manhã de sábado (6), em Balneário Camboriú. “Não tenho ambição pelo poder, tenho obsessão pelo Brasil, em que pese qualquer outras questões que nos atrapalhe”, afirmou.

Ele também disse que está à disposição para ser sabatinado ao vivo em um canal de televisão. “Se acha que vão me desgastar, as redes sociais nos deram a liberdade. Será a maior audiência da história dessa televisão”, disse. Este foi o primeiro pronunciamento público de Bolsonaro desde que foi indiciado pela PF na quinta-feira (4), pelos supostos crimes de peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro no caso das joias sauditas. A Polícia, apontou indícios de que o ex-presidente e 11 aliados, também indiciados, atuaram para desviar presentes de alto valor recebidos em razão do cargo pelo ex-presidente para posteriormente serem vendidos no exterior”.

Já Javier Milei, presidente da Argentina, optou pela moderação e esfriamento das tensões com o governo brasileiro e não fez críticas diretas ou menções nominais ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva em seu discurso na CPAC (Conservative Political Action Conference), em Balneário Camboriú (SC), no domingo (7).

Em uma fala de 20 minutos, o presidente da Argentina listou suas ações à frente do país vizinho, fez duras críticas a governos socialistas e adicionou pequenas críticas sutis ao Brasil e aos pares da América Latina. Como quando afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro – presente no palco durante o discurso – é um “perseguido judicial”.

Em outro momento condenou o regime de Nicolás Maduro na Venezuela ao chamar de ditadura e reiterou sua opinião de que o ataque do Exército na Bolívia foi um “autogolpe”.

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