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Relator do STJD pede multa de 2 milhões e suspensão de 6 anos

Mauro Marcelo de Lima e Silva vê provas entregues por John Textor como ‘imprestáveis’

Arquivo pessoal e Vítor Silva/Botafogo

Em relatório de 52 páginas encaminhado à Procuradoria da Justiça Desportiva, o auditor do Pleno do STJDMauro Marcelo de Lima e Silva (na foto), relator do inquérito, concluiu que as provas entregues por John Textor, dono da SAF do Botafogo, de manipulação no futebol brasileiro são “imprestáveis”.

Mauro Marcelo pediu que seja aplicadas multas que somam R$ 2 milhões e que John Textor seja suspenso pela soma de 2.430 dias (quase seis anos e meio), as maiores já propostas na história do STJD. O caso será julgado pelo colegiado.

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“Os donos da “Good Game” alegam que essa maravilha tecnológica, refinada ao longo de 15 anos de pesquisa, pode prever se um jogo foi manipulado com uma precisão de mais de 99%! Algo como se o “Nostradamus dos esportes” se aliasse ao “Sherlock Holmes dos algoritmos”“, diz Mauro Marcelo, torcedor do Palmeiras, num trecho do relatório, que é repleto de ironias.

O relatório aponta que o dono da SAF do Botafogo, ao apresentar os relatórios da “Good Game!”, cometeu ilícitos desportivos contra a honra de sete entidades desportivas (Palmeiras, São Paulo, Flamengo, Fortaleza, Bahia, Grêmio e Atlético-MG), nove atletas e nove árbitros.

Além disso, Mauro Marcelo constatou infrações contra a ética desportiva e a motivação pessoal na solicitação da instauração do inquérito.

O auditor solicitou que o relatório seja encaminhado à Polícia Civil do Rio de Janeiro e de São Paulo, à Procuradoria Geral de Justiça do Rio de Janeiro e que seja traduzido em inglês para ser encaminhado à Divisão de Integridade da Fifa.

Confira o texto divulgado pelo STJD:

O inquérito instaurado para apurar as denúncias do dono da SAF Botafogo, John Textor, de manipulação de resultados em partidas do Campeonato Brasileiro foi concluído e liberado nesta sexta, 5 de julho, no Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol. Presidido pelo auditor do Pleno, Mauro Marcelo de Lima e Silva, o relatório conclusivo conta com mais de 50 páginas e indica como “imprestáveis” as provas apresentadas por Textor, além de destacar ilícitos desportivos praticados pelo sócio majoritário do Botafogo contra atletas, clubes e árbitros. A conclusão foi encaminhada para a Procuradoria da Justiça Desportiva.

Sem apresentar provas e, com base em uma empresa de inteligência artificial, John Textor publicou texto em 01º de abril de 2024 afirmando que o jogo entre e Palmeiras e São Paulo, realizado em outubro de 2023, foi manipulado por ao menos cinco jogadores do São Paulo.

As denúncias de John Textor foram contestadas no STJD do Futebol por representações feitas por Palmeiras, São Paulo, Associação de atletas e dos árbitros e gerou o pedido de abertura de inquérito feito pela Procuradoria.

O inquérito de número 121/2024 foi presidido pelo Auditor Mauro Marcelo de Lima e Silva. Durante o inquérito, John Textor apresentou as “provas irrefutáveis” que alegava possuir. Após uma minuciosa análise, o Auditor processante concluiu que as provas eram “imprestáveis” e configuravam ilícitos desportivos contra a honra praticados por John Textor contra sete entidades desportivas, nove atletas e nove árbitros. Além disso, foram constatadas infrações contra a ética desportiva e a motivação pessoal na solicitação da instauração do inquérito.

Na conclusão do relatório, o Auditor Mauro Marcelo de Lima e Silva descreveu as condutas ilícitas praticadas por John Textor e recomendou a aplicação de penalidades de multa e suspensão, as maiores já propostas na história do STJD. O relatório conclusivo com sugestão de denúncia foi encaminhado para a Procuradoria.

Fonte: Fogão Net

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