O julgamento de Daniel Alves chegou ao terceiro dia nesta quarta-feira, 7, na Espanha. O depoimento do lateral brasileiro está marcado para hoje, na prevista última sessão do júri presidido por Isabel Delgado Pérez, juíza do Tribunal de Barcelona.
O jogador foi preso no dia 20 de janeiro de 2023, acusado de abuso sexual contra uma jovem espanhola de 23 anos, em uma boate em Barcelona. Ainda com o fim do período do julgamento, não existe um prazo para o anúncio da sentença. Assim, Daniel Alves deve continuar em prisão preventiva até a definição do caso.
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Testemunhas do caso serão ouvidas, e dados periciais serão analisados. Neste, a justiça vai avaliar as imagens das câmeras de segurança da boate na cidade espanhola, além dos exames médicos da mulher.
O brasileiro vai prestar depoimento ao final da audiência desta quarta-feira, depois de todas as oitivas. A decisão foi tomada após um pedido da defesa, concedido pela juíza ainda no primeiro dia do julgamento.
O que pode acontecer?
A pena máxima prevista para esse tipo de crime na Espanha é de 12 anos, tempo pedido pela acusação. No entanto, o Ministério Público solicita nove anos de detenção.
Daniel Alves, se condenado, pode pegar no máximo seis anos de detenção. A pena seria reduzida pelo pagamento de 150 mil euros (R$ 800 mil) da defesa à Justiça, no início do processo, como indenização à jovem.
O Ministério Público ainda quer dez anos de liberdade vigiada após o período de cárcere, além do contato do jogador com a mulher proibido pelo mesmo tempo. Caso seja absolvido, Daniel Alves estará em liberdade imediatamente.
Tentativa de acordo
Daniel Alves teve ajuda financeira de Neymar pai, e a defesa tentou acordo com os advogados da denunciante nas últimas semanas, como foi noticiado pelo canal espanhol “Telecinco”.
A negociação não teve sucesso após Lúcia Alves, mãe de Daniel, divulgar em suas redes sociais o nome e a imagem da denunciante. A advogada da espanhola afirmou que vai processar a mãe do jogador.
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