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Bolsonaro critica evento de Lula sobre 8 de janeiro

Ex-presidente homenageou Cleriston morto no presídio da Papuda

Foto: Divulgação

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou o evento realizado pelo governo Lula para marcar um ano dos atos de 8 de janeiro. Bolsonaro disse que a invasão e depredação das sedes dos Três Poderes não foi uma tentativa de golpe de Estado. Para o ex-presidente, as decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) contra as pessoas acusadas de envolvimento nos atos de vandalismo são “absurdas”.

“Teve um evento no dia 8 para comemorar o Dia da Democracia. Pelo amor de Deus… O PT do Lula defende [Nicolás] Maduro, a Nicarágua que expulsa freiras, cujo satélite PCdoB tem relações com a Coreia do Norte. Esse governo que diz que Israel cometeu absurdos contra o Hamas. Não reconhece o Hamas como terrorista. Esse cara é o democrata?”, disse Bolsonaro em entrevista à CNN Brasil divulgada nesta segunda-feira (8).

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“Nem traficante [está] pegando 17 anos de cadeia. Que absurdo é esse? Que democracia a gente vive? Vão ficar quietos até quando? Com essas decisões, jogaram um balde de água fria nos movimentos de rua”, acrescentou.

O evento “Democracia Inabalada” contou com a presença dos presidentes do Senado e do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes.

Todos defenderam punições aos envolvidos nos “atos anti democráticos”. Além disso, Lula criticou políticos que questionam a segurança da urna eletrônica. Sem citar o ex-presidente Jair Bolsonaro nominalmente, o petista disse que “as pessoas que duvidam das eleições e da legalidade da urna brasileira, porque perderam as eleições, por que não pedem para seu partido renunciar com todos os deputados e senadores que foram eleitos? Os três filhos dele foram eleitos, por que não renunciam em protesto à urna fraudulenta?”, questionou.

Bolsonaro destacou que houve vandalismo, mas não uma tentativa de golpe em 8 de janeiro de 2023. “Houve vandalismo, sim. Alguns exagerados, mas não era para eles esse tipo de pena, 17 anos de cadeia”, disse. Bolsonaro é alvo de um inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) que apura a suposta autoria intelectual dos atos de vandalismo. O ex-presidente nega envolvimento.

“Para haver a tentativa [de golpe], tinha que ter uma pessoa à frente. Tudo que foi apurado não levantou nome algum. São suposições. Quem vai dar golpe com velhinhos, com pessoas idosas com bíblia debaixo do braço, com a bandeira na outra mão, com pessoas do povo, com vendedor de algodão doce, com motorista de Uber, com menor de idade, com criança? Quem vai dar um golpe nesse sentido?”, questionou o ex-presidente.

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