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Missionário quebra mitos sobre discipulado e alerta: ‘Precisamos viver o que pregamos’

Segundo Fábio Coelho, os líderes não podem fingir que são super-heróis mostrando que têm uma força que, na verdade, eles não têm.

Fábio Coelho. (Captura de tela: YouTube JesusCopy)

Em entrevista a Arthur Marques do JesusCopy, o missionário Fábio Coelho, que é líder do ministério Vozes e Trovões, disse que a base do discipulado é o relacionamento com as pessoas e não o sentimento de posse sobre elas.

Ele explica que é muito comum os líderes cristãos chamarem os novos convertidos de “meus discípulos”. Para ele, o verdadeiro discipulado é “levar alguém a se tornar discípulo de Jesus”.

“Outro engano é pensar que discipulado precisa ser um relacionamento de um a um. Jesus discipulava durante as reuniões e não somente durante os encontros individuais”, explicou.

“Muita gente chama de discipulado os relacionamentos que estão desconectados ao corpo de Cristo e a vida na Igreja. Isso é perigoso”, alertou.

‘O discipulado é uma realidade comunitária’

Segundo Fábio, até mesmo os discipulados um a um precisam estar dentro da comunidade como um todo: “O que o discípulo aprende deve ser praticado de forma comunitária”.

“E tudo o que se vive e pratica na Igreja, depois deve ser compartilhado com o mundo. É a partir da Igreja para fora. Quando a Igreja se move acontece a Grande Comissão”, disse.

O missionário também derruba outro mito que envolve o tempo de conversão. Não é preciso “estar pronto” para discipular e evangelizar outras pessoas: “Nós servimos as pessoas com aquilo que recebemos de Jesus”.

‘Discipulado é para sempre’

“Muitas vezes, quem está começando tem mais paixão para compartilhar Cristo do que quem está há 50 anos na igreja e vivendo acomodado”, exemplificou.

“Por isso mesmo é que temos que desenvolver esse ‘fogo’ na vida dos novos convertidos, independente da idade deles”, continuou.

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Além disso, Fábio explica que discipulado não tem começo, meio e fim: “Não existe um tempo para se formar, ser discípulo e fazer discípulos. Isso acontece o tempo todo, sempre estamos aprendendo e ensinando. O discipulado é para sempre”.

3 características principais do discipulado

1. O Evangelho de Jesus Cristo salva

“É o poder do Evangelho que libera a graça para que as pessoas sejam salvas. Mas precisamos desconstruir o mito de que o Evangelho é só para quem está começando. Ele é a mensagem central da Igreja e precisa ser pregado e ‘repregado’ em todo tempo”, esclareceu.

Segundo Fábio, o maior problema dos cristãos, hoje em dia, é a falta de conhecimento do Evangelho: “Como alguém pode entender a graça sem entender o Evangelho?”.

2. A devoção faz parte do discipulado

Segundo Fábio, as pessoas falam muito mais de moralidade durante o discipulado do que de devoção: “Explicam o que pode ou não pode fazer, mas deveriam priorizar a oração, leitura bíblica, meditação, jejum e disciplinas espirituais, pois acredito que é tudo isso que fortalece as pessoas”.

E para discipular as pessoas é preciso viver o que pregamos. O missionário explica que os líderes precisam praticar as disciplinas espirituais para que sejam exemplos e que sejam vulneráveis em suas dificuldades.

“Líderes não podem fingir que são super-heróis mostrando que têm uma força que, na verdade, eles não têm”, acrescentou.

“Para ensinar devoção, a igreja precisa ter uma cultura de devoção, um lugar onde se reúne para orar e ainda ter orações coletivas. Além disso, a constância é mais importante que a intensidade”, disse.

3. Discipulado tem a ver com santidade

Segundo Fábio, não é possível discipular sem entrar no assunto sobre moralidade: “Não tem como falar de discipulado sem lidar com a santidade de Deus. O discipulado precisa ‘riscar uma linha no chão’ para separar o santo do profano”.

“Não tem a ver com uma lista de regras humanas. E tem uma porção de regras inventadas pelo ser humano que nem estão na Bíblia. Temos que ter a Escritura como um padrão de moralidade para nós”, resumiu.

“Não vamos conseguir fazer tudo, mas estamos progredindo na santificação. Quando pecamos, experimentamos o que a Bíblia chama de ‘tristeza segundo Deus’ e passamos a odiar o pecado em nós. Isso nos leva ao arrependimento através do Espírito que vive em nós”, disse ao concluir.

Fonte: Guiame

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