Durante a reunião emergencial do Conselho de Segurança da ONU para discutir sobre a guerra entre Israel e Hamas, nesta terça-feira (24), o chanceler de Israel, Eli Cohen, perguntou ao ministro das Relações Exteriores da Palestina, Riyad al-Maliki: “Em que mundo o senhor vive?”.
Maliki acusou Israel de vários crimes cometidos contra o povo palestino e disse que os israelenses buscam vingança. “Nós somos as vítimas”, disse ao pedir o cessar-fogo imediato e a proteção internacional ao povo palestino.
Além disso, ele pede o fim da ocupação israelense de seu território e reinvidica Jerusalém como a capital do Estado Palestino.
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Cohen rebateu lembrando dos reféns israelenses em Gaza, em especial crianças, mulheres e idosos: “Isso é um pesadelo”, disse ao mostrar fotos e dizer os nomes dos israelenses sequestrados, entre eles um bebê de 9 meses.
“Eles não causaram o mal, mas são vítimas do mal. O mundo que o senhor vive não é o nosso mundo”, enfatizou ao se referir ao discurso de Maliki.
‘O mundo está de cabeça para baixo’
“Não quero lembrar dessas cenas, mas como esquecer? Não quero lembrar desse mundo virado de cabeça para baixo: famílias atacadas no meio do dia, crianças se escondendo, mães suplicando pelos seus filhos. Eu preciso me lembrar deles para que não sejam esquecidos”, disse Cohen.
“O dia 7 de outubro é um alerta para todo o mundo contra o extremismo e o terror. Isso é um massacre. Eles mataram as pessoas e cantaram sobre os seus corpos. Vocês não estiveram lá, não sentiram o horror e o cheiro”, continuou.
O chanceler ainda destacou que o Hamas são os novos nazistas: “Como o mundo civilizado derrubou o Estado Islâmico, deve também se unir à Israel para derrubar o Hamas”.
‘Não se enganem sobre a intenção do Hamas’
Conforme Cohen, o objetivo do Hamas é destruir Israel: “Faz parte do estatuto deles”, disse ao citar as atrocidades cometidas pelos terroristas e compartilhar um áudio com a voz de um deles fazendo ameaças.
“Eles gravam vídeos e dizem que têm orgulho do que estão fazendo com os israelenses. E o Ocidente será o próximo. Esse é o mundo em que vivemos. Essa guerra não foi imposta somente a Israel, mas ao mundo livre. Eles querem se expandir”, disse ainda.
“Como podemos concordar com o cessar-fogo quando eles prometeram destruir a nossa existência. A resposta proporcional é a destruição até o último momento do Hamas. Destruí-los não é só nosso direito, mas nosso dever. Para Israel é uma questão de sobrevivência”, afirmou.
“Mas nós vamos vencer, pois é uma guerra pela vida e deve ser a sua guerra também. Vamos agir de uma forma sem precedentes para que os objetivos do Hamas nunca sejam atingidos. Vamos eliminar esses monstros da face da terra”, concluiu.