Duas fontes de Césio-137 foram roubadas de uma mineradora em Minas Gerais
Duas fontes de Césio-137 foram roubadas de uma mineradora em Minas Gerais. A polícia e a Comissão Nacional de Energia Nuclear estão investigando o caso. Os equipamentos desapareceram no dia 29 de junho
As fontes são usadas em equipamentos medidores de densidade e têm um risco baixo de radiação, mas podem ser perigosas se manuseadas de forma inadequada.
Relembre o acidente com Césio-137 em Goiânia
Em 13 de setembro de 1987, Goiânia, capital do estado de Goiás, foi palco do maior acidente radiológico do Brasil. Tudo começou quando dois catadores de papel encontraram um aparelho de radioterapia em uma clínica abandonada no centro da cidade. Eles levaram o equipamento para um ferro-velho, sem saber que ele continha uma substância radioativa: o césio-1371.
O dono do ferro-velho, Devair Alves Ferreira, desmontou o equipamento e encontrou uma cápsula contendo um pó branco que brilhava azul no escuro. Ele mostrou a descoberta para familiares, amigos e vizinhos, sem saber do perigo que estava em suas mãos2.
A exposição ao césio-137 causou centenas de vítimas diretas e indiretas. Os sintomas de intoxicação começaram a aparecer horas depois do primeiro contato com a substância. Pessoas com tontura, diarreia e vômito procuraram hospitais, mas os médicos não sabiam que se tratava de um acidente radioativo2.
O acidente só foi confirmado em 29 de setembro, quando um físico nuclear foi chamado ao local e detectou altos níveis de radiação. A Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) foi acionada para implementar um plano de emergência2.
Este acidente é considerado o maior acidente radiológico do mundo e teve consequências devastadoras para a população local. É importante lembrar que o manuseio inadequado de materiais radioativos pode representar um grande risco à saúde e ao meio ambiente.