facebook

Banner Promo

Biden sanciona lei que suspende teto da dívida dos Estados Unidos

Imagem de Dwinslow3 por Pixabay Imagem de Dwinslow3 por Pixabay

Biden sanciona lei que suspende teto da dívida dos EUA

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sancionou nesta quinta-feira (16 de dezembro) a lei que suspende o limite da dívida pública do país até 2025, evitando um calote histórico que poderia abalar a economia mundial. A medida foi aprovada pelo Congresso na terça-feira (14 de dezembro), com o apoio de democratas e republicanos, após semanas de negociações.

A lei suspende o chamado “teto” da dívida federal, hoje em US$ 31,4 trilhões (cerca de R$ 157 trilhões), por dois anos, o suficiente para atravessar a próxima eleição presidencial de 2024 e permitir que o governo siga tomando dinheiro emprestado e continue solvente. Com isso, Biden obtém a tranquilidade de não passar por outra crise similar durante sua campanha de reeleição, e os republicanos, alguns limites nos gastos públicos durante esse período pré-eleitoral.

A lei também prevê algumas concessões mútuas entre os dois partidos, como a aceleração do processo de licenciamento de certos projetos de energia, a recuperação de fundos não utilizados da covid-19 e a expansão dos requisitos de trabalho para programas de ajuda alimentar para destinatários adicionais. Segundo o Escritório de Orçamento do Congresso, apartidário, a legislação resultará em US$ 1,5 trilhão em economia ao longo de uma década.

O acordo bipartidário foi celebrado por Biden como uma “boa notícia para o povo norte-americano e para a economia norte-americana”. Já o presidente da Câmara, Kevin McCarthy, chamou o acordo de “série histórica de vitórias”. No entanto, a medida enfrentou a oposição de alguns republicanos ultraconservadores e democratas progressistas, que queriam cortes de gastos mais profundos ou mais investimentos sociais, respectivamente.

O teto da dívida é uma lei que limita o valor total que o governo federal pode se endividar para financiar seus gastos. Ele foi criado em 1917 e tem sido elevado periodicamente pelo Congresso. O último aumento ocorreu em agosto de 2019, sob o governo de Donald Trump. Em outubro deste ano, o Departamento do Tesouro alertou que o país poderia ficar sem recursos para pagar suas contas até 5 de junho, caso o limite não fosse suspenso ou elevado.

O calote da dívida dos Estados Unidos poderia ter consequências graves para a economia global, já que os títulos do Tesouro americano são considerados os ativos mais seguros e líquidos do mundo e servem como referência para as taxas de juros e o câmbio. Além disso, o não pagamento poderia afetar a confiança dos investidores e dos credores internacionais no país.

 

Foto de Dwinslow3 por Pixabay

Notícias

MASTER NEWS